segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Bispo de Taubaté diz que restauro de bens tombados é desafio para diocese

Religioso, no entanto, diz que prioridade é levar vida mais cristã ao povo.
Ele ainda pediu ajuda ao governo para reformar patrimônios históricos.

Do G1 Vale do Paraíba e Região


Dom Wilson Angotti assumiu a Diocese de Taubaté
em junho (Foto: Carlos Santos/ G1)

À frente da Diocese de Taubaté há quase quatro meses, o bispo Dom Wilson Angotti afirmou em entrevista ao G1 que o restauro de patrimônios históricos é um dos grandes desafios para a Igreja, mas a prioridade de seu ministério será sempre levar uma vida mais cristã à comunidade.

O religioso é o sétimo bispo diocesano de Taubaté e assumiu o posto em junho ao substituir Dom Carmo João Rhoden, que estava no cargo desde 1996.

Segundo o bispo, a Diocese de Taubaté tem atuação forte em vários segmentos, mas há sempre possibilidades de ampliar o trabalho de evangelização. Desde que assumiu o cargo, o religioso conduz um processo para identificar necessidades e pontos a serem melhorados no trabalho da diocese.

"As atividades começaram nas pequenas comunidades, paróquias, decanatos e em novembro vamos ter o âmbito diocesano. E aí vão sendo reveladas as necessidades pastorais e aquilo que os padres e membros da diocese indicam como necessidade. Nessa linha, identificada como prioritária, é que vamos caminhar", afirmou.

Independente disso, o bispo afirma que uma das suas principais missões e contribuições pessoais é transmitir a importância de uma vida mais cristã ao povo não só dentro da Igreja, mas também no dia a dia.

"A religiosidade se identifica com devoção, mas a fé não. A fé se identifica com evangelho e vida. Isso é desafio para nós: fazer com que a fé seja esclarecida e, ao mesmo tempo, ilumine e transforme o viver. Não somos chamos a ser cristãos apenas dentro das igrejas, mas sim no meio do mundo. É fácil ser cristão no meio de iguais, que partilham a mesma fé, mas o desafio do cristão é ser presença no meio do mundo, no trabalho, no estudo, na academia", afirma.

Patrimônios históricos
Além do trabalho de evangelização da Igreja, o bispo também falou sobre a restauração de patrimônios históricos da Diocese de Taubaté, o que considera ser um grande desafio para a Igreja como um todo.

Há pouco tempo na cidade, Dom Wilson Angotti afirmou que ainda é cedo para falar sobre o processo específico de cada bem tombado como patrimônio histórico, mas colocou a necessidade como uma dificuldade para a Igreja e disse que está sempre aberto à negociação com o poder público.

"De maneira geral, um bem ou uma Igreja, a partir do momento que é tombada como patrimônio histórico, as coisas ficam mais difíceis para manutenção. Se requer equipe especializada que nos demanda muitos recursos. Se o estado ou município tomba este ou aquele bem, não deveria, pelos impostos que recebe, também aplicar na área da cultura e da conservação? Esse é o questionamento que deixo e me coloco também porque se torna para nós um grande entrave", afirmou.

Diocese
Além de Taubaté, a Diocese é responsável por outras 10 cidades da região: Caçapava, Campos do Jordão, Jambeiro, Natividade da Serra, Pindamonhangaba, Redenção da Serra, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luiz do Paraitinga, e Tremembé. Ao todo, são 49 paróquias.

A indicação do novo bispo para Taubaté foi feita pelo Papa Francisco em abril. Além dessa nomeação, o pontífice também fez outras duas indicações para dioceses da região. Em 2014, Dom José Valmor César Teixeira foi nomeado e tomou posse do cargo de bispo da diocese de São José dos Campos. Um ano antes, o Papa já havia indicado Dom José Carlos Chacorowski para a diocese de Caraguatatuba.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...