sexta-feira, 26 de maio de 2017

Instituto Gregoriano de Lisboa assinala 40 anos com ciclo de concertos






O Instituto Gregoriano de Lisboa (IGL), que estuda e pratica «toda a música da área dita erudita, desde a Idade Média até à dos dias de hoje», iniciou a 5 de maio um ciclo de concertos para assinalar os 40 anos de vida.

A iniciativa «tem por finalidade mostrar um pouco do trabalho realizado» na escola pública de ensino artístico especializado da música», refere uma nota de imprensa enviada hoje ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

«Com este ciclo procurou-se ilustrar um pouco do passado e da atualidade do IGL, razão pela qual os músicos intervenientes são ex-alunos e atuais e antigos professores» da instituição.

O repertório «percorre toda a história da música - da Idade Média ao século XX -, e as formações incluem desde Coro Gregoriano com Órgão a Canto e Piano, passando por diversos agrupamentos de Música de Câmara, abrangendo todos os instrumentos leccionados no IGL», explica o mesmo texto.

Os organizadores salientam, entre os concertos (cujo programa se encontra no fim deste artigo), aquele que está agendado para 7 de maio, às 16h00, na igreja de Nossa Senhora de Fátima.

«O destaque vai para o Canto Gregoriano e para o Órgão, instrumento historicamente relacionado com o Canto Gregoriano, ambos elementos centrais na missão educativa da escola, desde a sua fundação», explica o Instituto.

Na ocasião o Coro Gregoriano de Lisboa, dirigido por Armando Possante, interpretará as seguintes obras, "In Honorem Beatae Mariae Virginis": "Introitus: Rorate caeli", "Kyrie IX" (em alternância).

O programa prossegue com "Gloria IX", "Graduale: Diffusa est gratia", "Alleluia: Specie tua", "Offertorium: Ave Maria", "Sanctus IX", "Agnus Dei IX" e "Communio: Diffusa est gratia", sendo acompanhado pelo organista António Esteireiro, que improvisará sobre os temas das peças cantadas.

A constituição "Sacrosanctum Concilium", que o Concílio Vaticano (1962-1965) II dedicou à liturgia, observa que «a Igreja reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano», pelo que este terá «na ação litúrgica, em igualdade de circunstâncias, o primeiro lugar».

O IGL, «tomando o Canto Gregoriano como base essencial de toda a cultura musical do Ocidente, destina-se à formação de elementos que, no sector do ensino, da investigação e da execução profissional, contribuam para a elevação do nível artístico e científico no domínio da música em Portugal», lê-se na página da instituição.



História

O IGL, que propõe cursos preparatórios, básicos e secundários de canto gregoriano, cravo, flauta de bisel, órgão, piano, viola de arco, violino e violoncelo, teve como antecedente o Centro de Estudos Gregorianos, criado em 1953 «como uma estrutura de investigação do Instituto de Alta Cultura, e que se destinava a formar investigadores, cantores, organistas e chefes de coro».

Em 1976 o Centro de Estudos Gregorianos foi convertido em estabelecimento de ensino público, passando a designar-se Instituto Gregoriano de Lisboa, com a faculdade de ministrar cursos de nível geral e superior, visando a investigação e o ensino na área da sua especialidade.

Em 1983, «com a extinção dos cursos superiores dos conservatórios, fundaram-se as Escolas Superiores de Música em Lisboa e no Porto, transformando-se então o IGL. numa escola vocacional de música, de ensino básico e secundário», enquanto que os seus cursos superiores transitaram para a Escola Superior de Música de Lisboa, onde se formaria um Departamento de Estudos Superiores Gregorianos.



Formação

A formação «inclui desde os primeiros passos uma intensa atividade artística que se concretiza nas inúmeras audições, concertos e recitais realizados nas instalações da escola e outros locais», com a finalidade de «pôr os jovens em contacto com as condições reais de exercício de uma profissão artística», ao mesmo tempo que se proporciona ao público «a oportunidade de ouvir obras da mais elevada qualidade musical».

O Instituto é «uma escola secundária vocacional especializada do ensino da música que possui planos de estudos próprios, integrando em todos os seus cursos secundários a disciplina de Canto Gregoriano e disciplinas a ela associadas: Educação Vocal, Latim e Modalidade».

«No curso de Canto Gregoriano o plano de estudos inclui em todos os níveis a disciplina de Teclado (que o aluno pode optar por frequentar em Órgão, Piano ou Cravo), a qual tem programas próprios e diferentes das classes de instrumento.»










fonte: SNPC
Publicado em 24.04.2017


Instituto Gregoriano de Lisboa


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